Estamos na Era dos Computadores, as crianças já nascem a saber o que é a Internet. O estado de ansiedade e impaciência destas crianças e dos jovens, segundo Papert, acelerou a Era da Mudança. No entanto, quem mais “sofre” com esta situação são os Pais, principalmente aqueles, que têm filhos mais velhos que ainda aprenderam a ler e a escrever, ao verem a Rua Sésamo.
Cada vez é mais frequente ver uma criança a jogar play-station ou computador, a ver um DVD ou a ouvir musica, em vez de estar a ouvir as mais belas histórias de encantar. Mais uma vez, quem volta a “ficar por baixo”, são os Pais, que olham para as novas tecnologias de lado, pensando que estas são destruidoras de lares e que “roubam” a atenção das suas crianças.
Mas como tudo na vida, os tempos passam e os hábitos criam-se.
Numa época em que a sociedade exige demais de todos nós e em que as famílias têm cada vez menos tempo para conviverem uns com os outros e para se ouvirem mutuamente, no capitulo 5 do seu livro, Papert alerta-nos para a possibilidade de utilizar o computador como forma de interacção entre pais e filhos e até mesmo entre pais e avós.
Numa época em que a sociedade exige demais de todos nós e em que as famílias têm cada vez menos tempo para conviverem uns com os outros e para se ouvirem mutuamente, no capitulo 5 do seu livro, Papert alerta-nos para a possibilidade de utilizar o computador como forma de interacção entre pais e filhos e até mesmo entre pais e avós.
"... a necessidade de estabelecerem novas formas de relacionamento com os seus filhos e verem o computador como um meio para construírem a coesão familiar, em vez de o considerarem um factor de desunião" Papert, 1996:116
O computador pode contribuir de uma maneira óbvia, para o desenvolvimento da cultura familiar de aprendizagem, mas... criticando um pouco aquilo que Papert defende neste capítulo (apesar de apoiar fortemente a importância da cultura familiar), surgem-me algumas duvidas.
Como é que se pode falar em estilos de aprendizagem se as crianças passam mais tempo na escola e nas creches do que em casa com os próprios pais?
Como é que os pais têm tempo para "pensarem sobre a aprendizagem familiar" se o mercado de trabalho exige cada vez mais aos trabalhadores, retirando-lhes cada vez mais o tempo que seria dedicado à família?
Ficam as questões.
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