quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Resultados da votação

Terminou hoje a votação do blogue que tinha como objectivo saber quais as ferramentas que, para vocês, tinham maior potencial pedagógico.

Os resultados finais da votação, para um total de 34 votos, foram os seguintes:
o weblogue ficou em primeiro lugar com um total de 14 votos, logo a seguir, com 7 votos, ficaram as ferramentas youtube, Flicker e slideschare, com menos um voto ficou o fórum (6 votos), seguido dos wikis, com 5 votos e do Msn apenas com 2 votos. Infelizmente o Hi5/Myspace e os podcasts não obteram nenhuma votação, embora tenham, também, muito potencial pedagógico. A meu ver, o problema reside apenas no facto de não explorarmos esta vertente pedagógica nestas ferramentas.

Resta-me agradecer a vossa participação e desejar a continuação de um bom trabalho.

No próximo post irei, então, desenvolver um pouco o tema do grande vencedor desta votação, o weblogue!

sábado, 27 de outubro de 2007

“Será a criança a comandar a máquina, ou a máquina a comandar a criança?”


"Fico preocupado com o facto de as decisões fundamentais dos pais sobre o quê e como os seus filhos aprendem serem fortemente influenciadas pelos resultados de um processo de selecção, no qual o estardalhaço produzido sobre os meios de comunicação socila pode prevalecer sobre a filosofia educativa"(capítulo 3: pag. 65).
Esta é, sem dúvida, a citação de Papert no 3º capítulo que mais me fez pensar. Hoje em dia, os meios de comunicação social têm, cada vez mais, uma grande influência sobre as pessoas e uma grande parte do que é transmitido nestes meios é publicidade. E agora pergunto: quantos de vocês é que já não foram alvo da chamada "publicidade enganosa? É este tipo de publicidade que leva muitos pais a adoptarem materiais, livros, programas, jogos que não são os mais adequados para o desenvolvimento e aprendizagem dos seus filhos, afinal o que interessa é o conteúdo.
Segundo Papert conceber produtos baratos e facilmente colocáveis no mercado vai ao encontro das crenças que os pais têm sobre a educação e que este aspecto é um dos motivos pelos quais as políticas educativas do mundo inteiro estão cada vez mais a ser determinadas por considerações puramente comerciais.

Vejamos, por exemplo, as nossas escolas. Estão a ser equipadas com recursos tecnológicos (computadores e não só), no entanto, não são desenvolvidos produtos e estratégias para o seu uso. A quantidade de máquinas e de software incorporados na educação não garantem o desenvolvimento da criatividade dos alunos, tão pouco significa maior qualidade...

Para terminar, deixo-vos uma questão: será que algum dia se vai chegar a um consenso sobre o que é a melhor forma de aprendizagem?

sábado, 20 de outubro de 2007

Votação

Está neste momento a decorrer uma votação (mesmo ali ao lado!) sobre as ferramentas que vocês consideram ser mais importantes em contexto educativo. Os resultados são revelados no dia 1 de Novembro, isto caso alguém participe na votação!!

Continuação de um bom trabalho para todos.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A (r)evolução da informação

aqui vos dei a conhecer um video da autoria de Michael Wesch, video este que se tornou numa prova viva do que é a Web 2.0, contando já com mais de 3.5 Milhões de visualizações e 6.000 comentários no YouTube.
No entanto, o trabalho deste professor de Antropologia da Universidade do Kansas não ficou por aqui. Realizou também Information R/Evolution. Afinal o que é a Informação? Como a caracterizamos? É uma "coisa"? Tem alguma localização lógica? Onde pode ser encontrada? Numa prateleira? Num Filesystem? Inserida numa categoria? Este vídeo explora a forma como nós encontramos, guardamos, criamos, criticamos e partilhamos informação.



Este outro vídeo, do mesmo autor, resume alguns dos aspectos mais importantes dos alunos de hoje - como aprendem, o que precisam de aprender, os seus objectivos, esperanças, sonhos, o que esperam e que tipo de mudanças se espera que venham a sentir ao longo de suas vidas.

Do ensino em sala de aula ao e-Learning...


Na aula teórica do dia 16/10 estivemos a aprofundar os nossos conhecimentos sobre o e-learning. Já todos ouvimos falar sobre este tema, mas o que é realmente? Qual é a diferença entre formação à distância e e-learning e porque é que há cada vez mais instituições públicas e privadas que apostam em cursos de formação à distância?

Com a massificação das novas tecnologias, torna-se imperativo a adopção destas nos processos de ensino-aprendizagem.
Com o e-Learning, foge-se ao modelo tradicional de ensino em sala de aula. É um processo personalizado, que permite a flexibilidade em termos de tempo e espaço, pois o formador e o aluno não se encontram fisicamente no mesmo local, mas estando ligados através da rede. É através da Internet que são transmitidos os conteúdos educativos e é feito o acompanhamento pelo formador.
É apenas uma das várias formas de Formação à Distância, processo de aprendizagem que implica a separação temporal e/ou local entre formador e formando e só quando esta acção formativa é efectuada via internet é que se pode falar de e-learning.

Algumas vantagens:
- Flexibilidade de ensino e aprendizagem;
- Auto-formação;
- Flexibilidade temporal;
- Formação para activos;
- Interactividade fácil;
- Distribuição rápida dos conteúdos;

Quanto ás desvantagens, a meu ver, limitam-se apenas no facto de termos que ter alguns conhecimentos tecnológicos e alguma experiência.
E vocês? Aderiam a estes cursos? Qual é a vossa opinião?

(Entretanto fiquei a saber, pelo blog da Raquel, que nos passados dias 15 e 16 realizou-se uma conferência no Centro de Congressos de Lisboa sobre este tema.)

sábado, 13 de outubro de 2007

A familia em rede - 2º capitulo: Tecnologias

As tecnologias na educação, quando bem aplicadas são de facto uma mais valia para a aprendizagem, nisso acho que ninguém tem dúvidas, no entanto, esta “luta” entre os Ciberutópicos (que acreditam nos benefícios dos computadores) e Cibercríticos (que tentam mostrar o lado "negro" da sua utilização), talvez nasça também de um medo, destes últimos, pelos limites que aparentemente não existem, ou seja: até que ponto irá a nossa dependência pelas máquinas, estamos cada vez mais a entrar num ciclo vicioso, ciclo esse que cada vez mais se vem a apoderar também da educação, daí que sejam compreensíveis as preocupações dos Cibercríticos. Nestas questões acho que Papert tem uma visão bastante racional “é necessário encontrar uma melhor abordagem do que simplesmente escolher lados”.

Nas páginas seguintes à sua posição contra estas duas visões, e em que Papert condena o facto de muitas das aprendizagens incutidas nas crianças serem através do engano, o autor sublinha que a aprendizagem será “mais bem sucedida quando o aprendiz participa voluntária e empenhadamente”.
Os exemplos dados no livro, e muitos que todos nós conhecemos da vida real e por vezes até vividos por nós, constatam esta afirmação:

- Os alunos que constroem programas educativos sobre assuntos que consideram aborrecidos (ex: fracções)

- Exemplo da Jenny que aprendeu a compreender a gramática através da utilização do computador.

São apenas dois exemplos, de muitos outros, em que a tecnologia pode ser moldada por cada um de nós, capaz de nos ser útil naquilo que quisermos, em função da nossa imaginação e persistência.
Moldagens estas que muitos educadores não entendem, pois evitam constantemente compreender que a tecnologia está e continuará a trazer mudanças espantosas nas nossas crianças e na sociedade em geral. São por isso, designados como ciberavestruzes, uma metáfora muito bem atribuída para quem enfia a cabeça na areia para não ver as mudanças que ocorrem na realidade envolvente!

Neste capítulo, papert faz, também, uma breve referência a Alan Kay, a quem se deve vários contributos na área das tecnologias. Para quem quiser saber mais, clique aqui e aqui.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Projecto tecLAR


Ao ler o primeiro capitulo do livro "A família em rede" percebi, também, que este problema das gerações não é só responsabilidade das pessoas mais velhas, mas sim de uma sociedade mentalizada e estruturada para o futuro. E quem é que ajuda as gerações mais velhas a acompanhar o progresso?
Foi então que me lembrei de um projecto de que tive conhecimento já o ano passado e que achei muito interessante e, de certa forma, vai ao encontro dos objectivos de Papert: o “Projecto Teclar, Ensinar e Aprender entre Gerações com Tecnologias”, onde adultos com mais de 50 anos e crianças desenvolvem projectos de trabalho, no computador e na net, em conjunto.
"As crianças facilitam a aprendizagem dos idosos no uso do computador e da Internet e os idosos contribuem para a educação escolar das crianças, nos diversos temas abordados nos projectos, bem como, para a sua educação e desenvolvimento pessoal, social e moral, através da mobilização dos seus saberes, interesses e experiências de vida.".

"O Projecto Teclar alterou de forma positiva toda a minha vida. Além de aprender a dominar as novas tecnologias, descobri uma excelente forma de combater a solidão."
Margarida, aluna do projecto teclar

Deixo-vos aqui o link do blog onde podem ver este e outros testemunhos dos alunos e acompanhar as experiências vividas por eles ao longo deste projecto.