sábado, 13 de outubro de 2007

A familia em rede - 2º capitulo: Tecnologias

As tecnologias na educação, quando bem aplicadas são de facto uma mais valia para a aprendizagem, nisso acho que ninguém tem dúvidas, no entanto, esta “luta” entre os Ciberutópicos (que acreditam nos benefícios dos computadores) e Cibercríticos (que tentam mostrar o lado "negro" da sua utilização), talvez nasça também de um medo, destes últimos, pelos limites que aparentemente não existem, ou seja: até que ponto irá a nossa dependência pelas máquinas, estamos cada vez mais a entrar num ciclo vicioso, ciclo esse que cada vez mais se vem a apoderar também da educação, daí que sejam compreensíveis as preocupações dos Cibercríticos. Nestas questões acho que Papert tem uma visão bastante racional “é necessário encontrar uma melhor abordagem do que simplesmente escolher lados”.

Nas páginas seguintes à sua posição contra estas duas visões, e em que Papert condena o facto de muitas das aprendizagens incutidas nas crianças serem através do engano, o autor sublinha que a aprendizagem será “mais bem sucedida quando o aprendiz participa voluntária e empenhadamente”.
Os exemplos dados no livro, e muitos que todos nós conhecemos da vida real e por vezes até vividos por nós, constatam esta afirmação:

- Os alunos que constroem programas educativos sobre assuntos que consideram aborrecidos (ex: fracções)

- Exemplo da Jenny que aprendeu a compreender a gramática através da utilização do computador.

São apenas dois exemplos, de muitos outros, em que a tecnologia pode ser moldada por cada um de nós, capaz de nos ser útil naquilo que quisermos, em função da nossa imaginação e persistência.
Moldagens estas que muitos educadores não entendem, pois evitam constantemente compreender que a tecnologia está e continuará a trazer mudanças espantosas nas nossas crianças e na sociedade em geral. São por isso, designados como ciberavestruzes, uma metáfora muito bem atribuída para quem enfia a cabeça na areia para não ver as mudanças que ocorrem na realidade envolvente!

Neste capítulo, papert faz, também, uma breve referência a Alan Kay, a quem se deve vários contributos na área das tecnologias. Para quem quiser saber mais, clique aqui e aqui.

2 comentários:

Alexandra disse...

Obrigado pelo comentário ao post sobre a minha aventura a Marrocos :) A tua imagem com a frase de Papert está excelente!

Anônimo disse...

Olá Isabel:

Gostei bastante do teu artigo, está muito bem estruturado, com frases retiradas do próprio livro e com aquelas ligações aos Links, eu desconhecia Alan Kay.
Continuas a ser a boia orientadora de muitos de nós.

Obg.

Francisco