Neste último capítulo da obra "A família em rede", Papert faz um comparação entre os brinquedos reais e os brinquedos digitais. O autor fala então das bonecas digitais como "entidades que se parecem com bonecas mas que são constituídas por bits e existem apenas no computador." (pág. 250, cap.8) e, apesar de não lhes podermos tocar, os brinquedos digitais têm "mais personalidade e são capazes de nos causarem mais surpresas" (pág. 250).
Construir brinquedos informáticos pode ser muito produtivo, socializar pela Internet é algo que pode ajudar em muito nas relações entre os sujeitos.... mas será que não nos estamos a esquecer que existe mundo à nossa volta e que podemos aprender muito para além de um monitor de computador ou de um teclado?
Na minha opinião, por mais vantagens que os brinquedos digitais tenham, os brinquedos reais serão sempre insubstituíveis, pois a interacção que a criança tem com os brinquedos reais é algo muito importante para o seu desenvolvimento. Não acredito numa Era em que tudo seja digital, em que seja possível as crianças deixarem de jogar à bola na rua para se enfiarem em casa, nos jogos de futebol do computador. Não acredito e desejo que assim não seja.
Será que os brinquedos digitais, que possuem uma personalidade mais complexa, vão substituir totalmente os brinquedos tradicionais?
É necessário que que se estabeleça um equilíbrio entre os dois tipos de brinquedos e, como refere Papert, são os pais que enfrentam o desafio de assegurar que este equilíbrio se mantenha.
Ainda em relação aos brinquedos digitais, já conhecem o "Scratch"? Encontrei há pouco no blogue "Tempo de teia" esta noticia:
"Equipa do MIT cria linguagem visual para ensinar os mais novos a fazer os seus próprios jogos, animações e musica".
2 comentários:
"Encontrei à pouco no blogue "Tempo de teia" esta noticia:"
Errata: Onde se lê "à" deve ler-se "há".
Obrigado anónimo. Distracção minha! ;)
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